A 7ª. Cúpula das Américas, realizada no Panamá, entre 10 e 11 de abril de 2015, reuniu chefes de Estado e de Governo de 35 países. O encontro foi histórico como em poucas ocasiões. As fotos do presidente dos Estados Unidos e o de Cuba apertando as mãos e depois juntos para uma reunião marcará aquele que foi um momento raro, em que depois de 50 anos de atritos e hostilidades, os dois chefes de Estado demonstram a disposição de caminhar para uma nova era nas relações entre seus países.
É o fim real da política que foi herdada do século XX, e que afetou todo continente americano. Além da importância da 7ª. Cúpula das Américas, esse encontro mostrou o quanto o presidente Obama pretende deixar um legado pacífico, em que as ideologias do passado são superadas, perdendo sua força para determinar o presente e o futuro. Não somente para os EUA e Cuba, mas para todo o continente americano, esse momento passou a ser um fator decisivo para a aproximação dos países, em uma nova etapa.
O presidente Obama reconheceu, em seu discurso na Conferência, a existência de períodos difíceis na relação dos Estados Unidos com seus vizinhos da America Latina, mas apresentou um discurso pragmático, para afirmar que o que interessa agora é o progresso conjunto. As diferenças, segundo ele, continuarão a existir, mas as divergências ideológicas não deverão se transformar em obstáculo às relações bilaterais.
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Raúl Castro mostrou estar firme na defesa de sua causa revolucionária e seus valores ideológicos, interessado em “aperfeiçoar o socialismo”, mas também mostrou que apoia a política de aproximação de Obama, um presidente diferente de seus antecessores.
Se uma nova ordem latino-americana é possível, com o apoio da Casa Branca, na qual Cuba participa, de maneira inédita, há um grande caminho pela frente, que abre espaço para novas oportunidades. E neste caminho há muito espaço para a indústria do turismo.
Prepare-se para conhecer Cuba: novos ventos vão soprar sobre a ilha
Caso as restrições de viajem sejam suspensas após a aproximação com os Estados Unidos, estão sendo estudados grandes investimentos no turismo e a previsão é de que o setor de viagens e hotéis vai estar em alta em Cuba.
Já há previsões de que haverá um aumento de 1 milhão de visitantes anuais, que poderão encontrar lá suas marcas de consumo preferidas. Depois de décadas afastadas da linda ilha do Caribe as empresas hoteleiras americanas estão se preparando para a instalações de Resorts, atendendo principalmente ao segmento de luxo.
É provável que apenas consigam contratos de gestão e os imóveis e empreendimentos devam ser transferidos para a posse do governo cubano. Mas isso não faz com que grandes redes hoteleiras, como a Meliá Hotel International desistam de se instalar em Havana.
Assim também pensa o grupo Marriott, que se declara empolgado com Cuba, em razão da alegria e acolhimento por parte de sua população e das oportunidades que serão criadas com a abertura de suas relações com os EUA.
No entanto, os cassinos cinco estrelas da antiga era de Fulgêncio Batista talvez não voltem tão rapidamente. Grandes resorts precisam de pelo menos dez anos de planejamento e outro tanto para serem construídos. A infraestrutura e logística precisará ser em muito atualizada, e os serviços só poderão ser de alto nível depois que a população for qualificada para atender ao turista.
Mas aqueles que se contentam com um hotel remodelado de duas ou três estrelas ficarão satisfeitos, revivendo uma experiência que transporta à época de Hemingway, na década de 50. Havana tem o charme da cidade que parou no tempo, o povo cubano é simpático, educado e alegre, além das belezas naturais das suas praias caribenhas, que terão público certo.
Portanto, prepare-se e comece a planejar suas futuras férias na Cuba Libre, uma experiência única que com certeza vai valer a pena.
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