Limpa, organizada, com belas paisagens, rica culturalmente, cheia de vinícolas a pouca distância do centro, com um povo muito simpático, Santiago do Chile é um passeio convidativo em todos os sentidos e, não só Santiago, mas os arredores também: Valparaíso, Viña Del Mar e Isla Negra.
Em Santiago, olhe para o horizonte, nas praças e avenidas amplas do centro avista-se a Cordilheira dos Andes. O marco zero da cidade é a Plaza das Armas, batizada assim por inibir o ataque de índios, que arrasaram a vila de Santiago del Nuevo Extremo seis meses após sua fundação, em fevereiro de 1541. Cercada de casarões coloniais, a praça de palmeiras centenárias também abriga o prédio do Correo Central, de 1882 e a Catedral Metropolitana, com fachada neoclássica que data de 1789 e o pequeno Museo Histórico Nacional, em um prédio de 1808.
Na rua Bandera, está o Museu de Arte Precolombino com múmias do povo de pescadores que viveu há mais de 7 mil anos no norte do Chile e sul do Peru, os chinchorros. Um passeio que vale a pena fazer pelas esculturas maias, tecidos andinos, chapéus, vasos e outras peças de arte pré-hispânica de todo o continente americano, inclusive de astecas e incas.
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Distante quatro quadras da Plaza das Armas está o Palacio de La Moneda, uma das poucas sedes de governo no mundo abertas para visita. Ali morreu o presidente socialista Salvador Allende, em setembro de 1973, deposto por um golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet. Nos dois pátios internos dá para ver canhões, fontes e dezenas de laranjeiras. No subsolo do palácio está o Centro Cultural Palacio de La Moneda que abriga mostras de arte e cinema. Outro museu que vale visitar é o Museo de Bellas Artes com 5.600 pinturas e esculturas de artistas europeus e chilenos. Se for só para ver o prédio do museu já vale a pena: um dos mais bonitos de Santiago, em estilo neoclássico com detalhes em art noveau.
Em Santiago é possível fazer boas caminhadas montanha acima e apreciar belas paisagens. Vá ao Cerro Santa Lucía, 20 minutos por um caminho permeado de murais, estátuas e até de uma fonte inspirada na romana Fontana di Trevi. Além da vista geral da cidade. Ao alcançar o cume, na pequena praça do mirante é possível ver Santiago.
Outra montanha que vale subir é o Cerro San Cristóbal (880 metros). Uma das encostas, na Providencia está o Jardin Botânico Mapumelu, com cerca de 80 espécies nativas. E no mesmo bairro, o Parque de las Esculturas, uma área de 21 mil metros quadrados espalham-se 30 esculturas de diferentes tamanhos, formas e materiais, assinadas por artistas como Marta Colvin, Claudio Girola, Federico Assle, Juan Egenau, entre outros, formando um ambiente natural com visual surpreendente. No outro lado do Cerro San Cristóbal vá à Bellavista, de trenzinho que sai da Calle Pio Nono, são 10 minutos de subida com vista privilegiada de Santiago e no cume está a estátua da Virgen de La Inmaculada Concepción, com 14 metros de altura sobre um pedestal de 8,5 metros.
Antes de partir para as vinícolas faça uma visita a Casa Museo La Chascona, uma das três casas chilenas do poeta Pablo Neruda. O poeta era apaixonado pelo mar mandou construir a casa para simular a sensação de se estar em um barco. O teto baixo, os objetos (muitos, de colecionador compulsivo), o revestimento de madeira e a iluminação ajudam a criar a ilusão. A casa e os arredores são atrações imperdíveis. Como ninguém é de ferro aproveite a vá na Calle Constituición, rua dos bares e restaurantes mais badalados da cidade.
Hora de conhecer uma das mais saborosas atrações de Santiago: as vinícolas. A facilidade de acesso a algumas vinícolas próximas faz de Santiago um destino perfeito para os apreciadores do vinho. De metrô com táxi ou ônibus é possível ir rapidamente a vinhedos como os extensos Cousiño-Macul. Lá a Viña Santa Carolina é uma bodega histórica fundada ainda no século XIX, como a Santa Carolina, de 1875, que foi declarada Monumento Histórico do Chile em 1973. O passeio pela propriedade começa no belo jardim, com taças de vinho branco servidas sobre barricas. É possível visitar a caves subterrâneas, uma impressionante construção com paredes de pedra com estrutura apoiada em arcos.
Visitar a Concha y Toro, criada em 1873, é um programa turístico fundamental para os que visitam Santiago, lá é possível visitar a adega que fica junta à cave, nos subterrâneos da fazenda. O passeio, também inclui os vinhedos, uma loja, bar e restaurante. Além desses dois vale a visita a vinícola Santa Rita que possui um hotel, o Hotel Casa Real, o Museu Andino e o ótimo restaurante. A Casa Marin é outra atração e as vinícolas menores com a Odfjell, com vinhedos cheios de flores e uma criação de cavalos que são uma ótima maneira de se passear pela propriedade. Outra bodega menor, que também tem criação de cavalos, é a Haras de Pirque, uma das mais belas vinícolas do mundo, em formato de ferradura. Há ainda Casablanca e San Antonio, e outras que merecem um capítulo à parte e exclusivo.
Brasileiros não precisam de visto para viagens a turismo ou negócios de até 90 dias. O Chile se destaca pela qualidade do seu sistema de saúde e pelas clínicas modernas. O sistema de saúde pública está entre os melhores da América Latina. Existem serviços de urgência que também atendem a estrangeiros. Mesmo assim, é recomendável viajar com um seguro de saúde internacional adicional e verificar /atentamente sua cobertura. Os serviços médicos privados no Chile não são baratos.
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