Conheça viagens para cursos no exterior em alta

Para o mercado de viagens de intercâmbio e cursos no exterior não existe crise. O número de estudantes brasileiros, em programas educativos em outros países, atesta essa constatação.

Os dados são da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), segundo a qual os programas educativos tiveram um aumento de 23%, em 2017, num total de 302 mil alunos.

A explicação é que essa é uma estratégia na busca de saída para as dificuldades no cenário econômico brasileiro. Os intercâmbios prometem a proficiência em uma língua estrangeira, o que seria um fator facilitador para um bom emprego. Apesar da promessa, nem sempre esse resultado é conseguido, segundo muitos depoimentos.

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Em média, os estudantes e suas famílias gastam em um pacote US$ 9.989 ou aproximadamente R$ 38 mil, o que representou de R$ 10 bilhões a R$ 11 bilhões.

O intercâmbio clássico é o dos alunos adolescentes, do ensino médio, que vão fazer uma parte do curso fora, mas que atualmente está em quinto lugar entre os mais vendidos pelas agências. O público que procura esse tipo de viagem está cada vez mais diversificado e busca experiências diversas, como os cursos de idiomas, que estão em primeiro lugar. Em segundo lugar, estão os cursos de idiomas combinados com trabalhos temporários.

Em terceiro lugar, estão os programas para jovens em férias e em quarto lugar, os cursos profissionalizantes, que conferem certificados. Ainda entre os dez mais procurados, estão cursos universitários, de graduação, pós-graduação e também os estágios ou trabalhos voluntários.

Para quem busca a proficiência em uma língua estrangeira, o inglês e o espanhol ainda são os idiomas mais procurados, mas outros também estão entre os preferidos, como o francês, o alemão, o japonês, o italiano e o mandarim. A maioria desses cursos é de dois a três meses.

Conheça viagens para cursos no exterior em alta

Imagem: Getty

Os dez destinos mais procurados pelos brasileiros para cursos no exterior

1 – Canadá, o preferido

  1. O Canadá oferece um conjunto de fatores que o tornam o país mais procurado para intercâmbio, como qualidade de vida, boas escolas, possibilidade de estudar e trabalhar, segurança. A agência Belta atesta que ele está em primeiro lugar há 3 anos.

No Canadá, o estudante pode trabalhar até 20 horas semanais, durante o programa. Depois disso, poderá trabalhar em período integral, se o curso tiver duração de mais de um ano. O aluno também pode se especializar em inglês, que estiver na parte do país que adota esse idioma, ou o francês, na parte francófona, mas de qualquer modo terá contato com as duas línguas, porque o país é bilíngue.

2 – Estados Unidos, preferência consolidada

  1. São múltiplas as escolhas para viagens de estudos aos EUA, desde uma semana apenas de aprendizagem de inglês em Nova York, até um semestre no curso médio no meio oeste, uma pós-graduação em Harvard ou um curso de especialização em tecnologia na Califórnia. São muitas as opções e por isso o país é disputado, apesar de não permitir o trabalho remunerado e o dólar em patamar alto.

Estudantes universitários em férias podem trabalhar apenas nas férias, para uma experiência específica. São aceitos geralmente em restaurantes, Resorts, parques temáticos e estações de esqui, ou seja, serviços ligados ao turismo.

3 – Inglaterra, destino clássico

O país ocupava a quinta posição, mas em 2017, segundo a Belta, subiu para a terceira posição, em virtude do câmbio mais favorável, depois da desvalorização da libra esterlina, em consequência do Brexit.

Mas a atração de estudar na Inglaterra são os programas que estão sempre nas preferências, como os cursos de inglês para jovens de 13 a 17 anos, em universidades como Cambridge e Oxford, nos seus períodos de férias de janeiro ou de julho. É possível coordenar os estudos com outras atividades e os jovens adoram se sentir próximos ao reino de Harry Potter. Os cursos de graduação também são muito procurados, mas as exigências para admissão são altas.

4 – Austrália, a queridinha da vez

  1. A Austrália atrai o estudante brasileiro por seus cursos de inglês e por sua qualidade de vida. No país estão três das dez melhores cidades do mundo para se viver, Melbourne, Sydney e Adelaide, de acordo com o ranking anual da The Economist Intelligence Unit.

Os estudantes podem trabalhar até 20 horas por semana enquanto estudando, o que garantem um dinheiro extra. Além dos cursos de inglês, são muito procurados os técnico-profissionais, em diversas áreas.

5 – Irlanda, trabalho e visto mais fácil

  1. O custo de vida na Irlanda é mais baixo do que na Inglaterra, apesar de não ser barato para um brasileiro. Mas o visto de estudante é obtido como mais facilidade e é possível trabalhar 20 horas semanais durante os meses de aulas e 40 horas semanais nas férias, o que faz da Irlanda um novo polo de atração para os brasileiros. O país tem a companhia de passagens aéreas de baixo custo Ryanair, e de Dublin saem voos baratos para muitos países da Europa.

A Irlanda também é famosa por seus pubs, que oferecem trabalho e a possibilidade de um contato direto com a cultura local. As agências que vendem os pacotes de estudo, no entanto, não incluem o trabalho, que fica por conta do aluno encontrar.

6 – Nova Zelândia

O país é considerado o segundo mais seguro do mundo, atrás somente da Islândia, segundo o ranking da Globa Peace Index, sendo que o Brasil ocupa a 106ª. posição. Esse é um bom motivo que justifica a procura pelo intercâmbio na Nova Zelândia.

Além da segurança, o país tem belezas naturais espetaculares, que variam das montanhas nevadas a praias belíssimas, cachoeiras, geisers e a cultura Maori, muito preservada.

A capital, Auckland, tem menos de 420 mil habitantes, com alta qualidade de vida. A cidade é tranquila, mas ideal para jovens que estão no curso médio, além de próxima das praias. Adultos podem escolher entre muitas opções de cursos e podem trabalhar com o visto de estudante. O clima local, no hemisfério sul, é muito semelhante ao sul do Brasil e Argentina.

7 – Malta

  1. A ilha de Malta, localizada em posição privilegiada no Mediterrâneo, entre o sul da Itália, norte da África e muito próxima da Grécia, vem sendo um dos países mais procurados pelos brasileiros em viagens de estudo. Com sua colonização inglesa, Malta herdou o idioma inglês, mas o maltês e o italiano são também comuns. A ilha possui praias lindas, mergulho para observação de naufrágios, e a boa gastronomia de suas raízes mediterrâneas. Os cursos procurados são da área de economia, mas também é possível aperfeiçoar o inglês. Uma das vantagens de Malta é a proximidade para viajar pelos países do Mediterrâneo.

8 – África do Sul

Mais uma alternativa para cursos de inglês está na África do Sul, de colonização inglesa. O clima é semelhante ao do Brasil, o que conta pontos na hora da escolha. O custo-benefício é ótimo, os preços na Cidade do Cabo são mais baixos do que na Europa ou EUA. Há também os atrativos das experiências culturais, em um país com tradição de políticas de conservação ambiental, com muitos parques nacionais e populações nativas indígenas. O trabalho voluntário em orfanatos e comunidades carentes também representa uma oportunidade.

9 – Espanha

  1. Um dos destinos preferidos dos brasileiros é a Espanha, com a finalidade de aprofundar o conhecimento do espanhol. Há cursos em todo o país, mas Barcelona é o destino campeão de popularidade e não apenas pelos cursos, mas por suas inúmeras atrações culturais, além de ter um litoral com praias agradáveis.

Barcelona tem uma grande oferta de cursos profissionalizantes e de especialização, como de gastronomia, moda e arquitetura. A região de Andaluzia, com suas cidades como Sevilha e Granada, atrai pela tradição do flamenco e forte influência árabe na arquitetura e gastronomia.

10 – França

  1. Aprender o francês parece ser a desculpa perfeita para um período de estudos na França. O idioma é a segunda ou terceira opção para aprendizagem na lista dos brasileiros. As escolas do idioma estão em várias cidades, a começar por Paris. Além dos cursos de francês, nas horas vagas são muito procurados os cursos de gastronomia e moda. Além desses, o Museu do Louvre oferece cursos de história da arte, história das civilizações, museologia e arqueologia.

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